
Ateliê da Lola
Todo o grande convite de casamento começa não com um papel ou uma fonte, mas com uma faísca: a inspiração. É o momento inicial e crucial em que sentimentos abstratos, ideias dispersas e um turbilhão de referências começam a ser traduzidos numa direção de design concreta. O meu papel, na fase inicial do processo, é o de um catalisador. O meu serviço mais importante é ajudar o casal a encontrar a sua própria voz, a desvendar a inspiração que já existe dentro da sua história.
Muitas vezes, a inspiração mais forte vem de onde menos se espera. Lembro-me de um casal que me procurou completamente perdido. Eles diziam não ter um “estilo”, não gostavam de nada que viam e não tinham um painel de Pinterest. Abandonei o meu portefólio e passei a nossa primeira reunião a conversar sobre eles: sobre as suas viagens, a decoração da sua casa, os filmes que amavam, a sua música preferida. Notei um padrão: uma preferência por linhas limpas, materiais naturais (madeira, linho), cores neutras e uma certa nostalgia da Bossa Nova. Esta foi a nossa “mina de ouro”. A inspiração não estava em outros convites, mas no estilo de vida deles. A partir daí, desenhámos um convite que eles sentiram ser, nas suas palavras, “totalmente a nossa cara”.
O desafio moderno é o excesso de inspiração. O paradoxo do Pinterest é real: já recebi casais com painéis que continham centenas de imagens de estilos completamente contraditórios: rústico e industrial, minimalista e glamoroso, vintage e tropical. Estavam paralisados pela quantidade de opções. Nestes casos, o meu trabalho é o de um curador. Peço-lhes que olhem para as imagens não pelos seus elementos literais, mas pelo sentimento que elas evocam. Ao fazê-lo, descobrimos que o fio condutor não era um estilo, mas um sentimento como “aconchego”, “celebração descontraída” ou “elegância dramática”. Uma vez definido o sentimento, conseguimos filtrar as referências e criar um conceito coeso.
O meu ateliê foi projetado para ser um ambiente de inspiração. Está repleto de livros de arte e design, gavetas com amostras de papel de todas as texturas e pesos, e catálogos de fontes. O cheiro de café fresco e o som de uma música ambiente suave ajudam a criar uma atmosfera propícia à criatividade. O processo de criar um mood board físico, com amostras de tecido, papel, fitas e impressões de cor, é uma ferramenta sensorial poderosa para materializar a inspiração.
A jornada para o convite de casamento perfeito não começa com uma escolha, mas com uma descoberta. Se sentem que têm uma visão, mas não sabem como a articular, ou se, pelo contrário, se sentem perdidos num mar de referências, a nossa primeira conversa será a mais valiosa. Convidamo-vos a agendar uma visita ao nosso ateliê. Juntos, vamos mergulhar na vossa história e encontrar a inspiração única que dará vida ao vosso convite.